quinta-feira, 2 de julho de 2009

Visita ao ex-jogador Mizael e reunião com Marcus, diretor de marketing do Fluminense de Feira

Dois encontros essa semana foram fundamentais para o andamento do documentário.

Batemos à porta do ex-jogador Mizael, presente nos dois títulos estaduais do Fluminense (63-69), quem nos reservou uma tarde de conversa agradável, rememorando detalhes do cotidiano do clube, do espírito de Feira em relação ao Fluminense e da sua própria vida como atleta de futebol.

Lateral direito de origem, mas como fez questão de deixar claro, só não jogou de centroavante e de goleiro no Fluminense, Mizael não teve medo de nos confessar que seu trato com a bola nunca foi muito refinado. Suas qualidades estavam associadas à obediência tática, ao vigor físico (era dos poucos naquele tempo que levavam os treinos físicos à sério), à marcação implacável e à boa chegada à linha de fundo (requisitos essenciais para o futebol moderno). “Sempre fui bom de marcar, era eu que cobria as domingadas de Onça, que o técnico Miraglia depois de certo tempo começou a proibir”. Onça foi lateral esquerdo do Fluminense, que por vezes jogava de beque-central, chegado a uma domingada*.

Das medalhas que ele ganhou com o Fluminense, só restou uma, ofertada pelo governador da Bahia aos campeões de 69. Sua camisa lhe tomaram. Ele tem, no entanto, um álbum cheio de fotos da época de jogador. Fotos nos estádios, nos hotéis, nos “churrascos” pós-jogos, muitas, muitas fotos excelentes para o filme.

Nos despedimos de Mizael esperançosos com a sua contribuição para o documentário. Ele, pelo que eu senti, ficou muito feliz com a visita e com o projeto. Satisfação mútua, isso foi o melhor. Quando me despedi dele, fiz questão de olhar-lhe nos olhos e dizer-lhe, apertando a sua mão: “foi um prazer ter conhecido um bicampeão baiano”. Ele sorriu, meio embaraçado.

Depois que saímos da casa de Mizael, fomos ao encontro de Marcus, diretor de marketing do Fluminense. Eu estava um tanto ansioso, porque o projeto ficaria meio inviável se não houvesse um apoio oficializado do clube.

Minha primeira preocupação era consertar um equívoco. Me incomodava o tratamento que certos dirigentes do clube estavam dando ao projeto e à produção (Eu e Adson, sobretudo), um pouco mesmo por culpa nossa, por não termos corrigido a tempo certo estigma que nos deram.

Eles estavam pensando que o documentário não passava de um “trabalho de faculdade”. Em nossas primeiras conversas com parte da diretoria do Fluminense, ganhamos a alcunha de “alunos da UEFS” e ficamos constrangidos e calados. Sendo que Adson jamais o foi e eu, apesar de está matriculado em Letras, ainda espero minhas aulas de Economia começarem. Então quando eu e Adson nos sentamos para conversar com Marcus, a primeira coisa que eu disse foi que, apesar da UEFS já ter oficializado seu apoio através da TVU, o documentário só correspondia a um desejo inicialmente meu (depois ressuscitado por Adson), de contar a história deste bicampeonato estadual do Fluminense.

Entendido isso, nossa conversa começou a tratar de questões mais direcionadas à publicidade do projeto, à captação de recursos e às conseqüências que o documentário trará tanto para a “marca” Fluminense quanto a nós idealizadores.

Na parte da captação de recursos, ficou acordada nossa presença (minha e a de Adson) a um jantar que será promovido pelo clube à classe empresarial da cidade, dia 7 próximo, para termos a chance de conversar com eles a respeito da pertinência do projeto e da inviabilidade de fazê-lo sem apoios financeiros.

Saímos de lá satisfeitos com a recepção de Marcus ao projeto. Comentei com Adson que foi só eles nos darem uma chance, que soubemos apresentar o filme com sua devida importância. Espero que no dia 7 isto se repita.

Tiramos algumas fotos de Mizael e até fizemos alguns vídeos caseiros. Em breve disponibilizaremos aqui. Ele é uma figura.

Então, é isso. Boa noite.

*jogada característica de Domingos da Guia, que, ao desbaratar um ataque, saía driblando seus oponentes na própria defesa, com uma elegância e uma inconseqüência simplesmente geniais.

Autor: Ederval Fernandes

Um comentário:

  1. oi pessoal meu nome é João paulo filho de Mizael gostaria de saber como está o andamento desse projeto e Parabens pela iniciativa coisa que o proprio Fluminense deveria ter feito a muito tempo eles deveria dar passe livre para esses campeões unicos aos jogos e imortaliza-los pois são o orgulho do esporte feirense.

    contato:paulinho_ferraz@hotmail.com

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