sexta-feira, 29 de maio de 2009

O documentário sobre Fluminense de Feira

O ano é 1969. 31 partidas depois, com um escore belíssimo de 19 vitórias, 9 empates e apenas 3 derrotas, o Fluminense de Feira, bravo Touro do Sertão, um time cheio de craques — Delorme, Freitas, Merrinho, Ubirajara, João Daniel... — sagrou-se bicampeão baiano de profissionais com dois meses de antecedência, saindo-se bem inclusive de uma virada de mesa promovida pelo Bahia e a Federação Bahiana.

Além do Fluminense, do interior somente o Colo-Colo de Ilhéus conseguiu vencer mais outro campeonato. Isto, aliás, em 2006, época onde as competições estaduais já não possuem tanta relevância no cenário futebolístico. Diferentemente dos anos sessenta. Naquela época sequer o Campeonato Brasileiro havia sido articulado (começaria apenas em 71) e as disputas locais eram a grande sensação, sem falar em todo contexto histórico: havia poucos pernas-de-pau atuando nos clubes, já que os craques ainda jogavam aqui.

Mas o melhor de 1969 não foi o título, foi a beleza plástica do jogo apresentado pelo escrete feirense nas canchas baianas — quem assistiu aos jogos, hoje relembra com brilhos nos olhos e palavras emocionadas. São quase unânimes os comentários a respeito desse time, que só um desastre o tiraria o título.

É preocupado com a preservação dessa história que o documentário Tôro Sessenta e Nove surge. Pois, convenhamos, seria imprudente demais deixar toda uma geração de craques esquecida, jogada ao relento.


Autor: Ederval Fernandes.